Belooo! Aqui você vai conhecer um pouco do bairro que encanta todos que conhecem.

  Para você que imaginava a Mooca como um bairro provinciano e macarrônico, vai se surpreender com as historias e curiosidades deste pequeno pedaço de São Paulo, onde é possível bebericar um bom vinho, ou uma boa cerveja estupidamente gelada, nos bares ou deliciar-se nas centenas de pizzarias.

  E não é só na gastronomia que existem semelhanças com a Itália, não devido a sua historia a Mooca tem muito mais do que "querer ser a Itália brasileira". Pois la existe um sotaque, quase um idioma próprio inconfundível.

  Mesmo não sendo um bairro de status social elevado cativa seus moradores, que criaram uma paixão pelo bairro (o bairrismo). Um lugar que ninguém quer se mudar sair de la, quando sai faz questão de voltar o quanto antes.

  Segundo historiadores na região do bairro da Mooca foi um dos locais onde existiam a maior concentração de índios de todo Brasil, algo tão forte que está presente que deixou lembranças até hoje, pois o nome do bairro em Guarani, quer dizer Moo, construindo e  Oca casa do índio que junto forma o nome do bairro Mooca. O que hoje conhecemos e admiramos já era conhecido e admiramos a muito mais tempo do se imagina.

  Impossível também não perceber o progresso nesta região, pois aqui o novo e o velho estão lado a lado. É bem comum vermos casa antigas com um jeito tradicional da Mooca, em contraste com a modernidade dos novos prédio cada vez mais altos e luxuosos, porque aqui o padrão de vida é coisa de primeiro mundo!

                                                                                     MONUMENTO LEMBRANDO A LETRA

INICIAL DO BAIRRO,ESTILIZADA.

Por dentro da historia..

A  historia do bairro da Mooca está associada à historia da cidade de São Paulo com as rápidas mudanças do final do século XIX e começo do século XX. Este bairro foi o precursor da evolução da Zona Leste da cidade, graças as instalação de duas ferrovias na cidade, uma em 1868 a São Paulo Railwg (Estrada de Ferro Santos Jundiai) conhecida como a estrada de ferro que liga São Paulo ao Porto de Santos. a outra em 1875 a Estrada de Ferro do Norte (o trecho paulista da Estrada de Ferro Central do Brasil) a qual interliga as duas maiores cidades do Pais, São Paulo a Rio de Janeiro.
  O nome Mooca se originou quando os primeiros colonos começaram construir suas casas e os índios nativos gritavam "Moo oca" (que em Guarani significa construindo oca).

  Uma parte importante desta historia se da graças a Hospedaria do Imigrante (hoje o museu da imigração), pois la era a porta de entrada dos imigrantes vindos do porto de Santos, recem chegados de diversas partes do mundo. Estas duas linhas ferreas já citadas atraíram a diversas industrias começaram a se instalar na região pois tinham facilidade em escoar sua produção, outro fator que muito interessavam as industrias a se fixar na região era a vasta oferta de mão de obras pois os imigrantes recem chegados estavam dispostos a se instalar nesta nova terra.

 Uma da atrações da época de 1945 a região era servida por três linhas de bondes, a linha 8 que saia da Praça da Sé em direção ao Brás e retornando a Sé, a linha a 10 fazia o percurso exatamente ao contrário da linha 8, entrando pela Rua Javari, Visconde da Laguna até a Rua da Mooca, e ainda a linha 11 que fazia o trajeto iniciado no Largo do Tesouro, descendo a Rua General Carneiro, até o Parque D. Pedro II, dobrava a direita na Rua 25 de Março, seguindo pela Rua Frederico Alvarenga,
atravessava uma ponte sobre o Rio Tamandatueí, prosseguindo pela Rua da Mooca, até a Rua Borges de Figueiredo.  Percorria toda esta última rua, cujo ponto final era na esquina da Rua Sarapui

 Outro ponto forte do passado da Mooca foi o Cotonifício Rodolfo Crespi que inaugurado em 1897  Fundado por Rodolfo Crespi, que importou alguns teares e adquiriu outros em São Paulo, dava muitos empregos. Ficava próximo à estação da Hospedaria dos Imigrantes, e era o primeiro lugar onde os “oriundi” procuravam trabalho; havendo vagas, estavam empregados.

Chegou a contar com catorze mil fusos e quinhentos teares e tinha fiação, tecelagem, tinturaria e malharia e chegou a consumir 3 mil cavalos força em energia elétrica e duzentas toneladas mensais de óleo em suas caldeiras, funcionando 24 horas por dia. Foi um do primeiros prédios a receber energia elétrica fornecida pela São Paulo Tramway, Light and Power Company em 1914.

 Que tornou-se um relevante patrimônio cultural dos primórdios da era industrial de São Paulo devido à sua arquitetura, e também foi representativo da própria história da industrialização e de suas relações de trabalho na cidade de São Paulo, tendo servido de estopim para as greves de 1917, uma das as primeiras, e ainda a mais violenta, dentre as greves já havidas no Brasil.

  Em 20 de abril de 1924 os funcionários do Cotonifício Rodolfo Crespi fundaram o Clube Atlético Juventus, inicialmente com o nome de Extra São Paulo.Em 22 de Julho de 1924 o prédio do Cotonifício foi atingido pelo chamado "bombardeio terrificante", um violento bombardeio aéreo das forças legalistas federais, durante a Revolução de 1924, sendo praticamente destruído

A empresa passou por longos períodos de grande prosperidade e só começou a enfrentar dificuldades na década de 1950, devido a seus equipamentos terem ficado obsoletos. Fechou em 1963.

Não podendo deixar de contar sobre a Fabrica da Antarctica que está na paisagem atual, com sua imponente torre se destacando em meio a pequenas casas e grandes prédios surge ela como se "quisesse" contar toda a historia que avistou la de cima.

Paroquia São Rafael, Padres Barnabitas - Mooca

Havia 32 anos que os barnabitas tinham chegado ao Brasil, com presença consolidada nos estados do Pará e Rio de Janeiro, trabalhando durante 20 anos no Maranhão

A fundação de uma casa em São Paulo era um antigo desejo, principalmente, pelo fato de concentrando atividades industriais, acolher grande população estrangeira sobre tudo os imigrantes italianos.

O intento realizou-se quando, a conselho do cardeal do Rio de Janeiro e o arcebispo de São Paulo, Duarte Leopoldo e Silva convidou os barnabitas a fundarem uma paroquia no bairro operário da Mooca, então parque industrial de São Paulo.

Funcionando nos primeiros tempos no barracão de uma fabrica iniciaram a cuidar daquela população que era mais de 50 mil, que se encontrava sem assistência ministerial da igreja, possuindo a fama de anti-clerical. Isto explica a grande ênfase dada a catequese das crianças e dos adultos as celebrações festivas, as visitas nas casas e nas fabricas .

De fato, ao mesmo tempo que as associações paroquiais floresciam, obras de assistência e promoção humana eram organizadas. Aliás, está foi a preocupação constante dos barnabitas na Mooca, ou seja, ações que visam ir ao encontro da realidade social do bairro. Constando originalmente de grande contingente de população operária italiana, foi toda via habitado por imigrantes nordestinos, aglomerados nas estreitezas dos cortiços.

  Sr.Olavo, imigrante nordestino que mora na Mooca há 40 anos, e cuida da paróquia São Rafael como se fosse sua casa.´´Cheguei na Mooca era tudo bem diferente, não tinha esses prédios, e essas modernidades confesso que ainda me sinto perdido com toda essa loucura, mais ainda consigo ver os bons amigos jogando dominó nas praças e admirando o que sobrou de bom no nosso bairro, que é a amizade sincera, e o amor pela comunidade´´.

A "cara" do bairro

Hoje em dia quem passa pelo bairro da Mooca um dos bairros mais tradicionais e importantes de São Paulo é capaz de notar a grande mudança que acontece do velho "para o novo", as pequenas casas com janelas para fora onde era possível aquele bate-papo com o vizinho sobre todos os assuntos possíveis e imagináveis, vão perdendo espaço para grande expansão de residências verticais cada vez mais altas, com isso o bairro deixa de lado sua identidade. Também é possível ver grandes galpões industrias, hoje em maioria abandonados, que ajudam a contar a historia de toda a região sendo alvo de vândalos pichadores e etc. Apesar de tudo o bairro continua sendo amado e preservado pelos seus moradores que se apegam e não deixam esse pedaço de São Paulo em troca de nenhum outro.

A presendas das antigas industrias estão de forma bem forte e em constraste com os novos empreendimentos mobiliarios de alto padrão que reina na região.

Comer e beber na Mooca

Existem inumeras opções de lazer no bairro, para um bom bate-papo deliciosos petiscos e otimos drinks existe o Bar do Elidio, com suas diversas marcas de cervejas, exite tambem o Trilha da Costela com sua decoração tematica com um jipe no alto do bar onde a pedida especial é sua suculenta costela assim como ja sugere o nome do bar e também Road Burger para quem aprecisa o estilo do "Velho Oeste" americano do inicio do século passado.

No bairro existe opções para todos os gostos e bolsos, sendo desnecessario sair do bairro para qualquer coisa, como defendem alguns dos mooquenses.

 Na região do bairro da Mooca é onde existe a maior consentração de pizzarias, no bairro estimasse que existam mais de 100, um numero maior que em qualquer outra região da cidade a mais famosa é a Pizzaria Metro, onde a famosa redonda é servida em metros ou centimetros em formato quadrado.

Teste de qualidade o grupo recomenda!!!

"Moocanes" a cultura da Mooca!

Guido Carlos Piva é apenas neto de Italianos que nasceu na Mooca, para quem ainda não conhece o dialeto MOCANHECÊS, é uma linguagem macarrônica que imita a fala dos primeiros imigrantes italianos.

Mooca é Moóca

bairro é bairro!

Non dá prá confundí

non dá prá s’inganá...

 
Móca é um paese

drento da cidadi!

Móca tê suo canto própio:

O Auuuu... e o Orra meu!

Qui um dia viveo nela...

nó mai dela s’isqueceo!

Móca é Móca

bairro é bairro!

Ela é mai qui um paese...

mai grandi qui cidadi.

Non importa seo tamanho

Non importa sua idadi...

quem lá mora tá contenti,                                                        

quem vá imbora... tê sodadi!

GUIDO CARLOS PIVA

(Mais conhecido como PIMPINELLO RIZONI - O poeta da Mooca 1947-2003).
http://www.sokarinho.com.br/
http://blog.osegredodavidafeliz.com.br/
http://www.maria-petronilho.net/